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terça-feira, 24 de junho de 2014

GUERRA DOS SEXOS NA TOCA DO PITU. QUAL O PAPEL DO MACHO?


Recentemente a biologia vem sendo revolucionada graças à investigação dos animais que vivem em cavernas.  Em 2012 foi à descoberta de um Psocóptera (um inseto) que deposita ferro em suas asas. Confira o link:  asas de ferro

A nova revolução vem mais uma vez desses pequenos insetos da ordem Pscoptera, só que agora de uma família mais rara. Os animais recém-descobertos pertencem ao gênero Neotrogla.

 E novamente os créditos da descoberta vão para os pesquisadores da UFLA liderados pelo Professor Rodrigo Ferreira Lopes (“DROPS”) incontestavelmente o maior expoente nacional em pesquisas de organismos cavernícolas.

Drops e sua equipe da UFLA, descobriram 3 espécies novas desses pequenos  insetos.  Neotrogla brasiliensis encontrado na gruta do caboclo, Januária em Minas Gerais;  Neutrogla aurora encontrado na gruta Biritite, em Aurora, Tocantins;  Neutrogla truncata encontrado na Toca do Pitu em Campo Formoso - Ba. 

A Toca do Pitu está próximo ao povoado do Pacuí e faz parte do complexo de cavernas que incluem a Toca da Boa Vista, a Toca da Barriguda e a Toca do Calor de Cima.  É uma caverna pequena cerca de 500 m e com um lago subterrâneo.  Os insetos Neotrogla truncata foram encontrados na área seca da caverna. 

A entrada da Toca do Pitu, uma dolina arrendondada com mais de 10m. Na foto de 2008 aparecem Eu, o Prof. Rodrigo e Abel. Foto: X. Prous. 

Visão interna da entrada da Toca do Pitu. Onde foram encontrados os Neutrogla truncata

Mas o que tem esses Neutrogla que está causando rebuliço na mídia? 

Esses insetos diminutos (não passam de 4 mm) colocam em xeque o papel do macho na reprodução. Uma analise da genitália mostra uma inversão do que comumente é encontrado na natureza.

Nos Neutroglas é o macho que tem vagina e a fêmea que possui pênis.  Durante o sexo dos Neutrogla o macho fica por baixo e é montado por traz pela fêmea, que introduz seu pênis ereto e com espinhos chamado  de gynossomo ,dentro da vagina do macho.

Os pacientes cientistas ainda registraram que o sexo dos Neutroglas pode durar até 70 horas, isso mesmo,  quase 3 dias sem tirar de dentro. 
Infográfico mostrando os Estados onde foram encontrados e o sexo entre os Neotrogla. Fonte: 
http://www.em.com.br/app/noticia/tecnologia/2014/04/23/interna_tecnologia,521652/pesquisador-de-lavras-descobre-femea-de-inseto-com-penis.shtml

Outra imagem do acasalamento dos curiosos insetos. 

Isso nos leva a uma discussão interessante sobre o que é ser do sexo masculino ou feminino. Qual a essência da masculinidade? O que realmente define uma fêmea? Como mamíferos, vemos os sexos como algo que se define por conjuntos de características - a existência de um pênis, a gestação dos filhos, a amamentação por meio dos seios etc. 

Esses critérios para julgar o sexo de um individuo não funcionam muito bem para outros animais e plantas. Nos sapos, por exemplo, nenhum dos dois sexos tem um pênis.  No entanto, há uma característica fundamental dos sexos que pode ser usada para diferenciar o sexo em qualquer animal ou planta. São os gametas ou células sexuais, que nos machos são muito menores e mais numerosos do que os gametas da fêmea.  
Diferenças entre um gameta feminino maior e imóvel e um gameta masculino bem menor e com um flagelo que ajuda na locomoção. 

No caso dos Neutrogla a fêmea introduz um pênis pra recolher espermatozoides dentro da vagina do macho. 

Essa assimetria no tamanho e numero de gameta, sendo o gameta feminino imóvel e com muitos nutrientes enquanto o gameta masculino pequeno e móvel dá inicio a uma guerra evolutiva entre os sexos.
Considere o caso do macho e da fêmea que acabaram de acasalar para produzir um óvulo fertilizado e agora enfrentam a “escolha”  do que fazer em seguida. Se o ovo tiver alguma chance de sobreviver sem ajuda, e se tanto a mãe quanto o pai poderem produzir muitos mais ovos fertilizados, então os interesses do pai e da mãe coincidem quanto ao abandono do ovo.

Mas agora suponha que o ovo recentemente fertilizado, ou o filhote recém-nascido não tenha nenhuma chance de sobreviver a não ser sob os cuidados de um dos pais. Então há de fato um conflito de interesses. Se um dos pais consegue empurrar a obrigação do cuidado para o outro e depois sai em busca de um novo parceiro sexual, então aquele que empurrou terá favorecido seus interesses genéticos à custa do que foi abandonado.

Nesses casos, quando o cuidado de um dos pais é essencial para a sobrevivência do filho, sua criação será vista como uma competição a sangue frio entre mãe e pai.  
Se realmente vale a pena abandonar, é algo que depende de se você poderá contar com seu parceiro para terminar de criar os filhotes e de você em seguida ter alguma probabilidade de encontrar um novo parceiro.  

É como se, no momento da fertilização, a mãe e o pai olhassem um para o outro e dissessem ao mesmo tempo: “vou embora procurar outro parceiro, e você pode ficar cuidando desse embrião se quiser, mas, mesmo que você não queira, eu não vou ficar!” Se ambos os parceiros cumprem o que ameaçam fazer nessa corrida para abandonar o embrião, ele morre e os dois pais perdem o jogo. 
Quem tende a ceder? A resposta depende de quem investiu mais no ovo fertilizado e quem tem melhores alternativas para o futuro. E é aí que a fêmea começa na desvantagem. por que seu óvulo é muito maior e mais nutritivo que o espermatozoide que contribui tão somente com os genes. 
De maneira geral são as fêmeas que cuidam dos seus filhotes no reino animal. 

Todos sabemos por experiência própria que é bem mais difícil abandonar um empreendimento no qual investimos muito do que outro em que nosso investimento foi pequeno. Isso é válido independentemente de terem sido investido dinheiro, tempo ou esforço. Terminamos facilmente um relacionamento que deu errado logo no primeiro encontro, mas é uma agonia terminar um relacionamento de 10 anos, ou desistir de uma reforma na casa que está saindo muito cara. 

Se a fertilização é externa, tanto a mãe quanto o pai automaticamente não estão mais comprometidos com nada; na teoria ambos estão livres para procurar outros parceiros com quem irão produzir mais embriões fertilizados. Mas se a fertilização é interna, a fêmea agora está grávida e comprometida com a nutrição dos embriões até o nascimento ou postura, se ela for um mamífero, está comprometida por mais tempo ainda, por todo o período de lactação. Durante esse período, não lhe traz nenhuma vantagem genética copular com outro macho, porque ela não pode produzir mais bebês. Ou seja, ela não perde nada dedicando - se a cuidar do filho.



Em peixes e anfíbios a fecundação é externa o que talvez explique por que em muitos casos são os machos que ficam responsáveis pelo cuidado dos filhos enquanto as fêmeas abandonam. 

Nos seres humanos tanto o investimento quanto as oportunidades de escolha no futuro deixam a mulher em desvantagem. 



Depois da fertilização, a mãe humana compromete nove meses de seu tempo e de sua energia, seguida por um período de lactação extremamente longo comparado a outros mamíferos. 


Há diferenças também entre os sexos na questão referente as oportunidades excluídas. 

Uma mulher moderna pode conceber novamente poucos meses depois do parto, trocando a alimentação do peito pela mamadeira por exemplo. Mas raramente elas dão a luz em intervalos inferiores a um ano, e poucas chegam a ter mais de uma dúzia de filhos durante uma vida inteira. 

O record de numero de filhos que uma mulher já teve em toda a vida são uns meros 69 de uma moscovita do século XIX com propensão a trigêmeos. 

O fato de ter vários maridos portanto não ajuda as mulheres a produzir mais bebês. Assim a mulher que “escolhe” cuidar dos filhos não está excluindo outras oportunidades reprodutivas espetaculares.


Família de J. Smith. Ao longo de 40 anos a senhora russa teve por 16 vezes filhos gêmeos, 7 vezes trigêmeos e 4 vezes quadrigêmeos todos com o mesmo marido. fonte: http://www.netcina.com.br/2013/12/recorde-de-partos-deu-luz-69-bebes-e-67.html
  
O registro do número de filhos gerados numa só vida é creditado ao imperador do Marrocos, Ismael o Sanguinário, pai de setecentos filhos homens e um número não registrado, porém, presumivelmente comparável, de filhas. Esses números deixam claro que um homem que fertiliza uma mulher e depois se dedica a cuidar da criança pode, com essa escolha, estar excluindo uma enorme quantidade de outras oportunidades. 

Ainda existe outro fator que tende a fazer com que o cuidado com os filhos seja geneticamente menos vantajoso para os homens do que para as mulheres. A dúvida da paternidade! 
O macho que opta por cuidar do filho corre o risco de, sem saber, estar ajudando a passar adiante os genes de um rival. Esse fator justifica o alto valor dado a virgindade feminina, as leis que definem adultério apenas a mulher participante; a infibulação (sutura dos grandes lábios da vagina a ponto de quase fechá - los a fim de impossibilitar a relação sexual enquanto o marido estiver longe).


Cintos de castidade uma lembrança da paranoia dos homens pela questão da paternidade.

Mas a guerra não está perdida pela fêmea. Ela tem um grande trunfo nas mãos: pode se recusar a acasalar. Ela que possui o óvulo valioso com grande poder nutritivo e haverá grande procura pelos machos. A fêmea está em posição de tirar alguma vantagem antes do sexo. Assim que o fizer, terá descartado seu trunfo.

A fêmea examina com atenção todos os machos e tenta identificar, de antemão, sinais de fidelidade e de docilidade. Sendo assim, a fêmea pode adotar um comportamento “difícil “ e recatado durante um longo período e qualquer macho que não se mostre paciente o bastante para esperar que a fêmea por fim consinta em ter o sexo, provavelmente não será um macho fiel.



A timidez feminina é muito comum entre os animais, assim como períodos de namoro e de noivado prolongados. Além de ajudar a fêmea a escolher um macho fiel, a vantagem do macho é saber que a fêmea não carrega nenhum filhote de outro dentro dela.


Os rituais de corte animal quase sempre incluem um considerável investimento pré- acasalamento por parte do macho. A fêmea poderá recusar - se a copular até que o macho tenha construído um ninho, que provenha grandes quantidade de alimento ou (que compre um anel de noivado para ela). 



Dessa forma as fêmeas fazem os machos investirem maciçamente na sua prole antes de fazerem sexo e isso evita que os machos as abandonem. 


Um macho que esperar que uma fêmea tímida afinal venha a copular com ele está pagando um preço: está renunciando à possibilidade de copular com outras fêmeas e gastando tempo e energia a cortejá - la.

A tentação de abandoná - la será pequena, sabendo que qualquer outra fêmea da qual se aproxime no futuro também irá prolongar a corte da mesma forma até que possam passar para o que interessa.


Outra estratégia utilizada pela fêmea que se recusa a copular com qualquer macho é escolher o macho mais viril ao invés do mais fiel.



Isso resulta em que uma das qualidades mais desejáveis que um macho pode ter, aos olhos de uma fêmea, é, pura e simplesmente, a própria atração sexual.  
Uma fêmea que acasale com um macho viril extremamente atraente terá maior probabilidade de ter filhos atraentes para as fêmeas da geração seguinte, garantindo assim muitos netos para si. 

Originalmente, então, pode - se imaginar que as fêmeas selecionem os machos com base em qualidades uteis, como músculos fortes, mas, assim que tais qualidades  tiverem se tornado largamente aceitas como atraentes entre as fêmeas de uma espécie, a seleção feita pelas fêmeas será de extravagancias tão somente por serem atraentes. 


Um exemplo de extravagancia: Nos pássaros conhecidos como Satin Azul, o macho constrói o ninho como ritual de corte, e a fêmea escolhe por pura extravagancia o ninho que for mais azul. http://pt.wikipedia.org/wiki/Ptilonorhynchus_violaceus

Chamamos isso de seleção sexual e nesse ponto que os cientistas apontam o caminho para explicar a vagina masculina nos Neotrogla. 
Referencias 
 LINHEARDE & FERREIRA 2010 - A new genus of Sensitibillini from Brazilian caves (Psocodea: 'Psocoptera': Prionoglarididae)

Female Penis, Male Vagina, and Their Correlated Evolution in a Cave Insect. Curr. Biol. http://dx.doi.org/10.1016/j.cub.2014.03.022 2014

Dawkins, R. O gene egoísta
Diamond, J. Por que o sexo é divertido? A evolução da sexualidade humana.


quinta-feira, 5 de junho de 2014

Expedição Taquarendi - Encontrando os caminhos.

A Sociedade Espeleológica Azimute foi fundada com o objetivo de realizar prospecções, mapeamento e divulgação do patrimônio espeleológico do Estado da Bahia. Seguindo esse preceito nos reunimos no dia 31 de maio de 2014 com a finalidade de fazer a prospecção, isto é, uma pesquisa de campo, que neste caso foi realizado na região de Mirangaba e fazer uma avaliação espeleológica da localidade.

O distrito de Taquarendi em Mirangaba - BA. Já é famoso por sediar uma gruta turística: A gruta de Santo Antônio. Só a visita a essa caverna já era digna de uma expedição mas, somado a isso colhemos também informações sobre uma caverna no distrito de Mangabeira. Segundo a crença local essa caverna iria se encontrar com a já conhecida Gruta de Santo Antônio.  Lanternas, capacetes, mochilas e muita disposição nos acompanharam rumo a Mirangaba - BA.  A fim de tirar a história a limpo.


O sábado do dia 31 amanheceu chuvoso e as estradas de chão que ligam a cidade de Campo Formoso ao distrito de Taquarendi nos proporcionaram uma verdadeira aventura Off Road.
Um atraso devido a estradas interditadas 

Levamos pouco mais de 2 horas pra chegar à roça em que está a primeira caverna a ser visitada. Ainda sem um nome oficial, resolvemos chama lá temporariamente de gruta do Paranazinho, embora ela esteja situada na localidade de Mangabeira, já existe outra caverna na Bahia com esse nome e adotamos por enquanto o nome da localidade vizinha que é a de Paranazinho. 

Para chegar à entrada da caverna temos que atravessar uma plantação de alho, que é o principal produto agrícola da região de Taquarendi.

 Os moradores do local nos informaram que existem várias entradas, algumas horizontalizadas outras na forma de abismos profundos, como achávamos que essas entradas se interconectavam resolvemos tentar nas que são horizontais.
Travessia por entre as plantações de alho pra chegar a entrada da caverna. 

Uma das entradas estava bastante obstruída com entulhos de todo tipo. Então optamos pela próxima e encaramos nosso primeiro desafio, a entrada estava protegida por ninhos da vespa vermelha Polistes canandensis, conhecida como vespa cabocla ou marimbondo caboclo ou ainda uma denominação mais restrita ao interior da Bahia, Inchu caboclo.
Ao contrário das abelhas que ao introduzirem o ferrão morrem, essas vespas podem ferroar várias vezes, e a ação do veneno é semelhante ao das abelhas africanizadas provocando inchaço, vermelhidão e febre, sendo mais grave em quem tem alergia.  

Ficamos receosos de encarar as vespas até que o mito Josan, deu dois gritos de valentia contra as guardiãs vermelhas, levou duas ferroadas e não descansou até matar uma por uma com a mão. 
Ninho de Polistes candensis vulgarmente conhecido como inchu caboclo. 

O acesso por essa entrada é relativamente fácil. Exceto por alguns pedaços de vidro e ossadas de cães que os moradores jogaram lá, a caverna está bem preservada.
O primeiro salão após a entrada possui teto baixo e muitos blocos de desmoronamentos. Existe nesse primeiro salão um pequeno conduto lateral de teto baixo que não exploramos e que talvez faça conexão com a outra entrada que estava entulhada, já que se desenvolvem na mesma direção. 
Afloramento calcário da entrada. 
Detalhe da entrada, já sem vespas. 

Resolvemos seguir pelo caminho mais alto, que na verdade é um desnível repleto de blocos de abatimento. Não demora muito pra caverna apresentar um padrão ramificado, os condutos são baixos, mas, alternam com tetos mais altos que chegam a 2 metros essa alternância muitas vezes é de maneira brusca.  

Seguimos no que parece ser o eixo principal da caverna que é notadamente uma caverna freática, com calcário escuro ou sujo, e sem estalactites e estalagmites.

Esse conduto que podemos chamar de principal é repleto de passagens laterais do lado esquerdo e direito, optamos por seguir sempre em frente, mas volta e meia adentrávamos em uma dessas passagens laterais para sondar.
Uma dessas passagens resolvemos  apelidar de passagem do gemido. Apenas um dos integrantes da expedição a explorou. O integrante de sobrenome Kupi, rastejou alguns metros pela tal passagem e quando perdemos de vista sua luz, começamos a gritar pra que ele retornasse, mas só escutávamos os gemidos agonizantes da criatura.
- Kupi ? Está nos ouvindo?
- hummmmmmmm
- Kupi ? Está tudo bem aí?
- hummhhummmmm
Muitas hipóteses foram testadas para saber o porquê dos tais gemidos kupinianos mas não obtivemos resultados conclusivos.

Anedotas  a parte, a exploração da caverna continuou e a expectativa era encontrar um salão de maior porte, já que os condutos a meia altura estavam exigindo muita atenção, devido ao aspecto labiríntico e monótonos. Nossa expectativa foi superada com a descoberta de dois grandes e belos salões, que batizamos respectivamente de salão retangular e salão barriga. 

O salão retangular é incrível. Parece ter sido esculpido como em uma mina. 

Uma passagem estreita após o salão retangular abre no mais volumoso salão que encontramos nessa exploração e batizamos de salão barriga. 

Finalizamos a exploração na caverna do paranazinho com muita vontade de voltar pra fazer a topografia e partimos para nosso próximo objetivo. 
Foto oficial pós exploratório. Equipe: Kupi, Altemar, Edson, Claudiney, John,Cláudia, Ágata, Paulo, Agrícia em pé e sentados estão: Gilmar, Josan, Virginio, Roninho, André e Luiz Felipe.

No meio da tarde chegamos a famosa Gruta do Santo Antônio, Já que a caverna do paranazinho não nos levou até ela, vamos agora tentar achar alguma passagem desconhecida na gruta do Santo Antônio.

Achamos tão interessante essa gruta que será necessária uma postagem a parte para ela, nessa postagem apenas relatarei que ficamos encantados com o equilíbrio entre o natural e o artificial para permitir o conforto e acessibilidade em um ambiente que para a população local é considerado sagrado de acordo com suas crenças.  
E que não obtivemos sucesso em achar algum trecho que nos indicasse alguma continuidade. Após  a parte que foi transformada em altar e em que é celebrado rituais religiosos existe uma galeria que  necessita de descida vertical. O teto dessa galeria tem mais de 5 metros, mas ela acaba algumas dezenas de metros a frente. 
Preparativos para exploração da Gruta de Santo Antônio. 
Sessão de fotos nas galerias bem iluminadas da Gruta. 
Espeleomodelo 
Aspecto da ação antrópica modificando o ambiente cavernícola em um altar para celebrações religiosas. 



Após a visita da Gruta do Santo Antônio a equipe expedicionária SEA se dividiu, dois carros tiveram que retornar, e dois continuaram para conhecer os aspectos culturais da cidade.

Um acampamento sossegado nas terras da localidade de Nuguaçu, e a visita relaxante e contemplativa da Cachoeira do Campo do Meio, finalizaram a nossa expedição em que além de reforçar velhos laços de amizades, nos permitiu voltar com mais esperanças de que a SEA está no caminho certo. 
A parte cultural também é importante. 
O camping foi nas margens do rio preto. 
Finalizamos a expedição na belíssima cachoeira do campo do meio.