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quarta-feira, 29 de abril de 2015

"Tolice é viver a vida assim sem aventura": Uma crônica de Gilberto Reis sobre a Expedição Brejões

A nossa aventura começou na verdade bem antes do dia 18 de abril. Na minha cabeça e na de muitos ela começou pelo menos um mês antes.Lembro-me bem que a lista inicial tinha 32 pessoas que, como sempre, foram desistindo com o passar dos dias por um motivo ou outro e outros nomes foram sendo acrescentados.

Afastado do grupo já há algumas expedições, confesso que estava ansioso e, para completar, meu filho me perguntava a todo dia se a gente ia mesmo.
Fui o primeiro a chegar no ponto de encontro cuja saída estava marcada para as 14h, mas como sempre, existe um pequeno atraso e só saímos depois das 15h.

A primeira parada em Antônio Gonçalves onde André e Jorginho já nos aguardavam com uma caixa de Dorflex líquido, essencial para quem irá se submeter a atividades físicas extremas.

A viagem, como todas realizada pela SEA é altamente alegre. Ainda mais que essa é a comemoração do primeiro ano desde a oficialização da Sociedade Espeleológica Azimute.

Logo após Jacobina, onde Edemir nos aguardava, parada para foto. As primeiras belezas da chapada começam a despontar. A vegetação muda bruscamente acompanhada do relevo, escarpas a se perderem de vista dando um tom peculiar àquela região.
Serra do Tombador em Jacobina. Primeira parada para contemplação. 

Mesmo em uma estrada acidentada, cheia de curvas e buracos, não perdemos o espírito que nos contagiava.
“... em todo porto tremulará a velha bandeira da vida...”
Já era noite quando chegamos ao pequeno povoado. Humilde, sem calçamento e com poucas casas, parecia deserto á noite.
Paramos, começamos a tirar a bagagem dos carros enquanto outro grupo ia a procura dos moradores, saber de um local propício para acampar. Foi quando ouvimos o som do violão.
Embaixo de uma varanda, no escuro, um grupo de aproximadamente dez pessoas cantava alegremente.
Resolvemos interagir com o grupo que inicialmente se intimidou um pouco com a nossa presença e parou de tocar.
Vendo a timidez do grupo, resolvemos quebrar o gelo. Sentei-me em uma cadeira, peguei o violão e puxei uma música no mesmo estilo que estavam tocando. Jorginho se encarregou de comprar um Litro (leia-se frasco) de Dorflex da marca PITU e passou para o grupo de nativos que agradeceu elogiando a música e interagindo  mais com a nossa equipe.
Decidimos deixar a galera fazer o seu som e fomos armar acampamento.

Interação com a comunidade local. Tão importante quanto a atividade espeleológica. 

Descendo do povoado já dava pra ver o paredão enorme que surgia por trás das últimas casas, ao pé do qual cresciam frondosas mangueiras sob as quais montamos acampamento enquanto alguns buscavam lenha para a fogueira e o preparo do jantar.

Enquanto Edson prepara o jantar, sentamos à beira da fogueira e começamos a tocar violão. O repertório continua variado. Engenheiros, Nenhum de Nós... “espero uma chance sua...”, Zezé di Camargo, Chitãozinho, “espero uma chance sua...”. O mito Koxó, mesmo não estando conosco não é esquecido um só minuto.



O tradicional luau e seus hinos que já são considerados clássicos nas expedições.

Eis que, em meio à escuridão da noite, surgem duas figuras. Aparecem, cumprimentam, e respondemos um pouco desconfiados.

Eles dizem que não querem atrapalhar. Ouviram a nossa música e vieram dar uma olhada. Perguntaram se podiam ficar. à resposta positiva, um deles colocando a mão embaixo da camisa saca de uma garrafa pet de 2 litros contendo uma mistura que até hoje não sei ao certo o que era mas que me deixou tonto só de sentir o cheiro.

A dupla já estava visivelmente embriagada. Cantaram como ninguém, ao seu modo. Jorginho logo se identificou com o estilo musical dos dois. “...não sou boêmio, mas hoje eu vou beber...”A madrugada começou a chegar, enquanto uns poucos restaram próximo à fogueira, a maioria ia saindo devagar e se aconchegando nas suas barracas. Em uma lona bem próxima da fogueira, alguns conversavam sobre assuntos diversos. Mãos que tateiam no escuro, bocas que se encontram. 

Enquanto busco lembrar uma letra com Jorginho, percebo que um dos integrantes da dupla que havia chegado não se encontrava conosco. Foi muito rápido para ele sumir. Ao indagar ao outro sobre o paradeiro do parceiro ele aponta para a fogueira.
Esticado, inerte no chão ao lado da fogueira, está ele que depois viríamos a saber, era tio do que restara conosco.
“Rapaz aí é meu tio. Considero demais. Mas hoje tomou todas, não aguenta mais voltar pra casa. Vou chamar pra ver se acorda.”
De dentro da barraca, me preparando pra dormir, ri demais ouvindo as tentativas em vão de acordá-lo.
“Tio Kaita, tio kaita, acorda tio Kaita. Sono de pedra arretado. Daqui a pouco vai se queimar”
Acordei já de manhã e o Tio Kaita já tinha pegado o beco.

Ao sair da barraca, deparei-me com uma cena que a escuridão da noite não me havia permitido ver.

À minha frente, erguia-se um majestoso e imponente paredão com aproximadamente 120 metros de altura. Bem no seu centro, como que esculpido por mãos não menos majestosas e precisas, uma imensa abertura que se assemelha à arquitetura gótica empregadas nas igrejas da Idade Média.

A sua base, coberta por uma vegetação diferenciada, composta na sua maior parte por palmeiras, abriga imensos blocos rochosos, frutos de prováveis desabamentos que aconteceram a dezenas, centenas e até milhares de anos.

Encaminhamo-nos para a entrada da gruta que estava há poucos metros de nós e, após centenas de fotos de TR, chegamos.
De perto, ela parecia muito maior do que realmente era. Os primeiros metros que dão acesso já não estão mais tão preservados como deveria. A gruta serve como templo para romeiros e devotos que ali erguem altares, colocam imagens de santos os mais diversos, acendem velas e deixam lá objetos que simbolizam crenças, milagres ou desejos os mais íntimos. São esculturas de partes do corpo feitas em madeira, tranças de cabelo, vestidos de noiva, camisas de times, entre tantos outros.
“Sou caipira, Pirapora nossa...”

Foto oficial comemorando uma ano da Sociedade Espeleológica Azimute. Em Pé: Geovane, Paulo,Tauan, Gilberto,Jeová,Thais,TR,lucas01,Kupi,Jorginho,Cláudia,Rebeca,Edson. Agachados: Mateus,Grigri,Altemar,Sivonaldo,André,Edemir e Aniclécio. 

Altar.

Logo depois do último altar, a caverna apresenta uma bifurcação em Y. Orientamo-nos através de um mapa antigo, da segunda metade da década de 60 e através do qual kupi também conhecido como (Seu Jorge) nos dava as diretrizes. Confiando na sua leitura e orientação, pegamos o ramo direito da caverna. Tínhamos dois objetivos bem definidos, explorar uma área da gruta conhecida como Salão dos Ossos, de onde já haviam sido retirados alguns fósseis e onde, com sorte, encontraríamos outros e logo após, encontrar umas das três dolinas assinaladas no mapa. As dolinas são formações próprias de relevo cárstico, geralmente em formato circular, e que podem permitir a entrada e saída de uma caverna.
Dolina dos brejões.

Passamos por um salão em que vimos alguns fragmentos de ossos. Isso no indicava que o salão dos ossos, nosso primeiro objetivo, estava próximo. O teto da caverna, antes tão alto, começava aos poucos ficar próximo às nossas cabeças e o conduto ia cada vez mais se afunilando. A poeira em suspensão dificultava cada vez mais a respiração, até que os integrantes que estavam mais á frente constataram que aquele conduto se fechara. Até hoje fica a dúvida, se houve um desabamento mais recente que não constava no mapa ou se de fato Seu Jorge (Kupi)se confundiu na leitura do antigo mapa.

O salão que nos deixou confusos. 

A solução então era retornar, passamos novamente pelo salão mas não voltamos para a primeira bifurcação. Descemos por outra até chegar em outro espeleotema já conhecido dos antigos exploradores. O Bolo de Noiva.

Com alguns metros de altura, ele se assemelha a um bolo gigante. Foi lá, aos seus pés, que paramos para um lanche rápido e para decidir o que faríamos.
Ao longe, dava para se enxergar uma pequena claridade, o que indicava que poderia ser o nosso segundo objetivo, a dolina.

Espeleotema: Bolo de noiva


Resolvemos então deixar as mochilas naquele lugar e sair para explorar. Enquanto um grupo procurava a entrada do salão dos ossos, outro grupo iria constatar se de fato a claridade era a dolina procurada. Ficou certo que em pouco tempo, retornaríamos todos ao bolo de noiva, socializaríamos as descobertas e decidiríamos o melhor a fazer. Fui junto com o grupo da dolina.

A Lapa dos brejões tem, na sua maior parte, salões muito amplos cujos tetos possuem dezenas de metros de altura, fruto de desabamentos que são evidenciados pela irregularidade do piso, repleto de blocos que se soltaram há anos e que dificultam muito a o nosso trânsito. São formações muito antigas e belíssimas. A textura do teto, lembra em muito os afrescos das grandes catedrais. É uma beleza realmente sem tamanho e sem explicação que só quem já participou de alguma atividade espeleológica faz ideia da dimensão e só quem esteve lá sabe de fato do que estou falando. É de encher os olhos de qualquer um.

As belezas da Lapa dos Brejões.
Junto com Tauan, TR, Claudia, Agrícia e Edemir, subi pela parte rochosa mais alta enquanto Jeová, o nosso motorista e seu filho, os mais novos integrantes do grupo, seguiam um pouco abaixo e Seu Jorge que ficara um pouco atrás verificando um conduto. Bem abaixo à nossa direita, duas lanternas um tanto quanto fracas, sumiam conduto adentro. Apenas mais tarde fiquei sabendo que se tratavam de Lucas (01) e Thais, que apesar de não estarem há  muito no grupo, se destacam bastante dentro dele.

Enquanto as meninas ficaram um pouco pra trás, eu, Edemir e Tauan chegamos à suposta dolina. De fato era uma abertura no teto. Mas antes dela, um paredão que não nos permitia, sem equipamentos, e com tanta gente, chegar até lá. Resolvemos então voltar ao bolo de noiva.

Agrícia informou-nos então de que o casal que havia descido pela esquerda ainda não havia retornado. Sentamo-nos então para esperar. O tempo foi passando e por mais que gritássemos pelos dois eles não respondiam. Pelo lado direito, Jorginho, Edemir e Edson desceram enquanto esperávamos. 

Logo que os três retornaram, afirmando que o conduto era muito amplo e que provavelmente passasse um rio logo adiante, André também se uniu ao grupo. Falamos sobre as nossas preocupações com 01 e Thais, que logo foi por ele compartilhada. Novamente chamamos até a exaustão mais os dois não deram sinal de vida.

A situação fica dramática, a espeleologia é uma atividade coletiva é inadmissível que uma parte do grupo se desgarre para explorar sem avisar.

Todos sabem que um acidente dentro de uma caverna daquele porte, com tanta dificuldades de locomoção, por menor que seja é sempre preocupante. Falta de luminosidade então é fatal. É impossível se locomover dentro de uma caverna, àquela distancia da saída, sem uma fonte de luz.
Enquanto o tempo passava, as nossas preocupações aumentavam. Decidimos então retornar, chamar o restante do grupo e então organizar grupos de resgate. O voltar ao Bolo de Noiva, outra constatação que nos preocupava, o outro grupo não havia ainda voltado.
Uma notícia boa. Jeová, que descobrira um rio logo abaixo de nós, havia avistado o casal que falou  sobre uma possível saída mas que havia se perdido novamente na escuridão da gruta.

Enquanto descansávamos, uma equipe saiu à procura dos dois, já sabendo o rumo que haviam tomado e não demoraram a encontrar. Pelo horário e pelo cansaço, decidimos então sair da gruta e retornar para o povoado.
Eram quase 14h quando saímos. Cansados, sujos, totalmente exaustos. As centenas de metros que separaram a entrada da gruta do povoado me pareceram quilômetros.
Enquanto esperávamos todos os integrantes chegarem ao povoado, eu, Jorginho e Edemir resolvemos cuidar de relaxar a musculatura para evitar futuras lesões com um tratamento á base de Dorflex líquido que conseguimos na farmácia (bar) do pequeno povoado e logo após nos deliciamos com um belo almoço à base de galinha caipira que revigorou o ânimo perdido.

Agora, refeitos da jornada, demos adeus ao povo hospitaleiro que tão bem nos recebeu e partimos para a segunda etapa da nossa aventura, conhecer o Poço Verde e procurar um lugar para acampar porque no dia seguinte a Toca dos ossos nos espera.

O carro está a maior bagunça! Bolsas, mochilas, sacolas, capacetes, colchoes e tudo o mais espalhado pelo interior. Isso tudo misturado à poeira das roupas. Entre uma cerveja e outra, digo dorflex, cantávamos a música que veio a ser o segundo hino das nossas aventuras “...tolice é viver a vida assim, sem aventuras...”. Volta e meia, só pra não quebrar o clima, lembrávamos do nosso amigo, Kupi, também denominado Seu Jorge, e cantávamos a música que o melhor representava “...São Jorge por favor me empresta o dragão...”.

E foi nesse clima de descontração que chegamos ao tão falado Poço Verde.
O Poço Verde, é um dos muitos atrativos turísticos do município de Ourolândia, situado no Piemonte da Chapada Diamantina. Suas águas transparentes refletem a luz solar na cor esverdeada o que indica uma grande quantidade de minerais na composição do seu leito rochoso. Guarda consigo um mistério, a sua profundidade jamais foi alcançada pelo homem que já chegou apenas a 60 metros da sua superfície sem no entanto chegar ao fundo.
Poço Verde. 

Hoje, o Poço Verde é protegido pelo INEMA e o banho nas suas águas não é mais permitido, mergulhos, apenas em caráter científico.
Ao chegar ao local, encontramos um portão com cadeado. Pouco tempo depois chega, o guardião do poço.
Além de nos permitir a visita, ofereceu-nos gentilmente um espaço para acampar.
Uma casa rústica com piso de sobras de mármore, cozinha e banheiro. Formou-se uma fila para o banho enquanto o acampamento ia sendo montado. Os mais viciados em tecnologia, como eu, procuraram logo um cantinho onde chegasse sinal de celular e uma tomada para o carregar.

A noite começa a cair e começamos a nos preparar para conhecer a sede do município.
Quando estávamos já todos dentro do carro, descobrimos que Geovane, o filho do motorista, acabara de entrar no banheiro para tomar o quinto banho do dia. Entre o banho e o alisar dos cabelos, que ele cuida como ninguém, perdemos quase 40 minutos. Um metrossexual em meio à caatinga da chapada.
Cabelos penteados, banho tomado, chegamos à pequena sede do município. Após provar o pior acarajé da minha vida, sentei-me no jardim ao lado dos companheiros que já se auto medicavam á base do relaxante muscular engarrafado pela skol.

Entrei no restaurante, e pedi carne do sol com macaxeira. Sentamo-nos à mesa e Seu Jorge indagava sobre as nativas. Aqui cabe um parentese (nosso amigo já estava enchendo o saco com um bordão. Sempre terminava a frase dos outros com a expressão " gosto" ou "gosto também") Ao indagar à garçonete sobre as mulheres da cidade, ela começou a explicar que a cidade era famosa pelas suas mulheres bonitas. E disse mais, “ as mulheres daqui gosta muito de homens de fora”. “Gosto também!”, exclamou Seu Jorge em ótimo e bom som. 

Passaria despercebido não fosse Tauan que enquanto devorava ferozmente um naco de carne parou, olhou para ele e perguntou, “ sério que tu também gosta de homens de fora?”
O riso tomou conta do local e mais uma vez Seu Jorge se deu mal!
Pouco tempo depois, voltamos ao acampamento, preparar-se para na manhã seguinte viver a parte final da nossa aventura.

Acordamos cedo, tomamos café, desmontamos acampamento e seguimos rumo à Toca dos ossos. Paramos para reabastecer as provisões de água e lanches e, com o auxílio de um morador, chegamos ao local desejado.
A Toca dos ossos é uma caverna de grande importância para a região. 

O nome se dá devido à enorme quantidade de fósseis da megafauna pleistocênica que eram encontrados ali. A grande maioria desse material já foi retirado para estudos, principalmente durante os trabalhos do prof. Cartelle da PUC-MG, mas ainda é possível encontrar muitos ossos. 

De início, a entrada não chama muito a atenção dos desavisados sobre os tesouros geológicos e paleontológicos ali guardados. Um buraco simples camuflado por uma vegetação rala comum ao semiárido.

Após algumas sessões de fotos, caras e bocas, adentramos a toca.


Em nada ela se parecia com a Toca dos brejões, visitadas no dia anterior. Com teto a meia altura, o seu piso nos permitia o deslocamento com maior facilidade. Logo de cara, descobrimos o porquê do alerta que André havia dado sobre a gruta ter aspecto labiríntico, a cada nova curva deparávamo-nos com uma bifurcação diferente. Após algumas dezenas de metros chegamos a uma claraboia. Claraboias são aberturas no teto que só permitem a passagem com material de rapel.

Claraboia da Toca dos Ossos.


Condutos típicos da toca dos ossos. 

Voltamos pelo mesmo caminho e, alguns metros à frente, adentramos um dos condutos secundários. Como não conhecíamos a gruta e nem tínhamos um mapa à mão, combinamos que o grupo não se separaria e a cada bifurcação deixávamos uma placa indicatória do caminho a ser seguido. 

A cada novo conduto, nova descoberta. Osso espalhados por todos os lados. Geovane tinha quase certeza de que aquilo era osso de vaca. Vacas pré-históricas.

Alguns salões à frente e retornamos para o ponto inicial.

Sentamos novamente na entrada para um lanche e uma pequena reflexão sobre tudo o que encontramos nesses dois dias. Trocamos de roupa ali mesmo na beirada da estrada e pegamos o caminho de volta, fazendo planos já para novas expedições.

O espírito mais leve, o corpo relaxado, o sentimento de dever cumprido.

Aos poucos, a vegetação vai mudando, o relevo ficando mais suave. A cada curva da estrada as escarpas e os chapadões vão ficando para trás e com eles uma saudade imensa de tudo aquilo e uma promessa de um dia retornar.

Enquanto uns cochilam, entre uma dose e outra de dorflex, entoamos em coro a música que o rádio tocava.

“...e toda raça então experimentará para todo mal a cura! Iê, Iê...”


A alegria que me dá. isso vai sem eu dizer...
nós somos muitos não somos fracos
Parabéns SEA!
Autor: Gilberto Reis. 

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