A espeleologia é uma atividade esportiva e científica realizada em cavernas, vai desde a exploração até a topografia, produção de mapas e descrição da geologia, e da biologia dessas cavidades subterrâneas. A espeleologia em Campo Formoso teve inicio na década de 80 com a SECAMPO (sociedade espeleológica de Campo Formoso). Foi através da SECAMPO que o grupo Bambuí de pesquisas espeleológicas um grupo de espeleologia de Minas Gerais, tomou conhecimento das cavernas que mudariam a história da espeleologia do País.
Essas cavernas são: a toca da Boa Vista (TBV) e a Toca da Barriguda, ambas localizadas entre os povoados de Laje dos Negros e Pacuí no município de Campo Formoso - Ba. Tanto a barriguda quanto a TBV já tinham sido exploradas anteriormente pela SEE (sociedade espeleológica excursionista) um grupo também de Minas Gerais, porém o pessoal do SEE não deu a devida importância as essas cavidades. Quando o Grupo Bambuí percebeu o tamanho das cavernas resolveram realizar expedições anuais para exploração, e desde 1988 essas expedições são realizadas para realizar a topografia dessas cavernas. Atualmente a topografia da Toca da Boa Vista ultrapassa 100 km e coloca a caverna entre as maiores do planeta. Ainda hoje não há perspectiva de qual o seu real tamanho e será necessário outras gerações de espeleólogos para completar a topografia desse gigante que é considerado um monumento nacional. Dessas expedições realizadas pelo Grupo Bambuí de pesquisas espeleológicas renderam teses e dissertações em diversas áreas do conhecimento devido as peculiaridades encontradas nessas duas cavernas.
Enquanto realizava suas pesquisas na década de 90 o grupo bambuí publicava sobre suas expedições em uma revista de divulgação de espeleologia chamada "O Carste"
Um exemplar dessa revista que falava exclusivamente sobre as cavernas de Campo Formoso foi distribuído em algumas residências na véspera do aniversário da cidade no ano de 2002, e foi então nesse momento que tive meu primeiro contato com a espeleologia devorei todos os artigos da revista e fiquei interessado em conhecer essas cavernas que embora estivessem na cidade em que resido pareciam totalmente inacessíveis. Nessa época eu estava cursando Biologia na Universidade do Estado da Bahia (UNEB) e estava aberto o período de inscrição para projetos de iniciação científica, e resolvi escrever um projeto pra trabalhar com as cavernas de Campo Formoso, o projeto foi aceito e eu comecei a trabalhar em duas cavernas que meus pais conheciam e eram relativamente mais acessíveis: a Toca da Tiquara na localidade de mesmo nome e que já tinha sido explorado pelo Grupo Bambuí e inclusive o mapa tinha sido publicada na revista "o carste" e uma outra caverna até então não explorada por nenhum grupo espeleológico que era a Toca do Angico (fotos abaixo).
Nesse tempo em que realizava essas pesquisas que futuramente seria o meu trabalho de conclusão de curso. Conheci o meu grande parceiro Rangel Carvalho, Rangel tinha uma ideia de montar uma ONG que divulgasse as riquezas naturais da cidade, então juntamos com outros colegas resolvemos amadurecer a ideia e fundar o grupo CAACTUS, a sigla significa Caatinga Cultura e Turismo Sustentável. E assim, a gente realizava trabalhos de prospecção e divulgação das áreas com potencial turístico e realizava atividades de aventura. Não demorou muito pra gente associar espeleologia a essas atividades além de ser um atrativo de grande beleza tinha também o perfil de aventura nas explorações de caverna. Foi então assim, que surgiu o CAACTUS espeleo um núcleo dentro da ONG Caactus que trabalhava exclusivamente com espeleologia.
Nesse tempo em que realizava essas pesquisas que futuramente seria o meu trabalho de conclusão de curso. Conheci o meu grande parceiro Rangel Carvalho, Rangel tinha uma ideia de montar uma ONG que divulgasse as riquezas naturais da cidade, então juntamos com outros colegas resolvemos amadurecer a ideia e fundar o grupo CAACTUS, a sigla significa Caatinga Cultura e Turismo Sustentável. E assim, a gente realizava trabalhos de prospecção e divulgação das áreas com potencial turístico e realizava atividades de aventura. Não demorou muito pra gente associar espeleologia a essas atividades além de ser um atrativo de grande beleza tinha também o perfil de aventura nas explorações de caverna. Foi então assim, que surgiu o CAACTUS espeleo um núcleo dentro da ONG Caactus que trabalhava exclusivamente com espeleologia.
Começamos a comprar os equipamentos necessários para exploração: carbureteiras e lanternas, capacetes e macacões e começamos a realizar nossas próprias expedições.
No ano de 2005 o grupo bambuí comemorava os 100 km de topografia da Toca da Boa Vista e realizou uma grande expedição trazendo espeleólogos de todo território nacional para explorar e topografar a TBV. E nessa ocasião eu consegui fazer parte da expedição e tive contato com os grandes nomes da espeleologia que até então só conhecia por livros e revistas, aprendi também as técnicas e tive a oportunidade de visitar pela primeira vez a Toca da Boa Vista e a Toca da Barriguda, foi amor a primeira vista, gostei de tudo, do ambiente confinado, do rastejo, da escuridão, do cheiro forte do carbureto e das histórias do pessoal sobre cada conduto e sobre cada salão descoberto.
Em 2007 vivi a minha maior aventura espeleológica. O professor Rodrigo Ferreira da Universidade Federal de Lavras MG entrou em contato comigo perguntando se eu queria participar de uma expedição que sairia de Vitória da Conquista até a cidade de Campo Formoso. Passando por mais de 10 cidades com cavernas e explorando e pesquisando a fauna de mais de 20 cavernas, outra postagem conto essa e outras histórias em detalhes.
Depois dessa expedição que durou quase um mês a minha visão sobre espeleologia estava mais madura e principalmente foi durante essa expedição que tive a oportunidade de conhecer mais a fundo a TBV e a TB passamos uma semana inteira visitando vários condutos da Toca da Boa Vista e foi a primeira tentativa de chegar ao salão Caatinga na Toca da Barriguda (essa história ainda será contada em outra ocasião).
Em 2008 o grupo CAACTUS espeleo estava pronto pra realizar suas atividades com autonomia, reuni um grupo e decidimos fazer prospecção e topografia de cavernas em Campo Formoso, a primeira e bem sucedida expedição foi para a Toca do Mathias (fotos abaixo) que ficava próxima a já conhecida Toca do Angico que tinha sido alvo da minha monografia.
No ano de 2005 o grupo bambuí comemorava os 100 km de topografia da Toca da Boa Vista e realizou uma grande expedição trazendo espeleólogos de todo território nacional para explorar e topografar a TBV. E nessa ocasião eu consegui fazer parte da expedição e tive contato com os grandes nomes da espeleologia que até então só conhecia por livros e revistas, aprendi também as técnicas e tive a oportunidade de visitar pela primeira vez a Toca da Boa Vista e a Toca da Barriguda, foi amor a primeira vista, gostei de tudo, do ambiente confinado, do rastejo, da escuridão, do cheiro forte do carbureto e das histórias do pessoal sobre cada conduto e sobre cada salão descoberto.
Em 2007 vivi a minha maior aventura espeleológica. O professor Rodrigo Ferreira da Universidade Federal de Lavras MG entrou em contato comigo perguntando se eu queria participar de uma expedição que sairia de Vitória da Conquista até a cidade de Campo Formoso. Passando por mais de 10 cidades com cavernas e explorando e pesquisando a fauna de mais de 20 cavernas, outra postagem conto essa e outras histórias em detalhes.
Depois dessa expedição que durou quase um mês a minha visão sobre espeleologia estava mais madura e principalmente foi durante essa expedição que tive a oportunidade de conhecer mais a fundo a TBV e a TB passamos uma semana inteira visitando vários condutos da Toca da Boa Vista e foi a primeira tentativa de chegar ao salão Caatinga na Toca da Barriguda (essa história ainda será contada em outra ocasião).
Em 2008 o grupo CAACTUS espeleo estava pronto pra realizar suas atividades com autonomia, reuni um grupo e decidimos fazer prospecção e topografia de cavernas em Campo Formoso, a primeira e bem sucedida expedição foi para a Toca do Mathias (fotos abaixo) que ficava próxima a já conhecida Toca do Angico que tinha sido alvo da minha monografia.
Fizemos excursões anuais de 2009 a 2011 quando produzimos nosso primeiro mapa ainda não publicado por está incompleto. O grupo nesse período vem realizando trabalhos de exploração esporádicos e trabalha mais com educação, uma vez que trabalho como professor do ensino médio e realizo expedições com meus alunos para conhecer as cavernas do município.
O grupo CAACTUS espeleo sofreu várias modificações em seus integrantes durante esses anos e por isso, ficamos sem identidade e sem realizar atividades com frequência . Na foto abaixo está uma das primeiras formações do grupo.
Da esquerda para direita: Rangel Carvalho, Andreza Bianca, Jamerson Carvalho, Hugo Nascimento e Burujão ( Bruno Torres).
Abaixo a formação em 2012
da esquerda para a direita : André Vieira; Gabriel Bezerra (o boi) ; Diogo Rios (o bucha); Cleub (tetinha) e Ronald (toquinho)
No ano de 2014 sentimos que a turma que praticava espeleologia necessitava de um grupo exclusivo para espeleologia com seu próprio regimento e estatuto voltado para espelo. Depois de um curso realizado em Aracaju- SE sobre as cavernas do São Francisco, voltamos para Campo Formoso com a ideia fixa de criar a Sociedade Espeleológica Azimute (SEA). E com esse nome pretendemos escrever um capitulo na história da espeleologia nordestina.
da esquerda para a direita : André Vieira; Gabriel Bezerra (o boi) ; Diogo Rios (o bucha); Cleub (tetinha) e Ronald (toquinho)
No ano de 2014 sentimos que a turma que praticava espeleologia necessitava de um grupo exclusivo para espeleologia com seu próprio regimento e estatuto voltado para espelo. Depois de um curso realizado em Aracaju- SE sobre as cavernas do São Francisco, voltamos para Campo Formoso com a ideia fixa de criar a Sociedade Espeleológica Azimute (SEA). E com esse nome pretendemos escrever um capitulo na história da espeleologia nordestina.
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